“Há um olhar que sabe discernir o certo do errado. Há um olhar que enxerga quando a obediência significa desrespeito e a desobediência representa respeito. Há um olhar que reconhece os curtos caminhos longos e os longos caminhos curtos. Há um olhar que desnuda, que não hesita em afirmar que existem fidelidades perversas e traições de grande lealdade. Este é o olhar da alma.”
– A Alma Imoral, Nilton Bonder
A reviravolta na visão que tínhamos do certo e do errado ocorre frequentemente nos períodos de crise.
Quando essas imagens fixas já não dão mais conta das decisões reais, o sujeito chega no consultório com angústia. Aí começamos uma jornada.
E nesse contexto, sempre me lembro das palavras do Nilton Bonder no seu livro: A Alma Imoral que falam da desobediência ao modelo tradicional (do que nos disseram o que era certo e errado) como um processo ético de libertação.
Aliás a peça de teatro de mesmo nome, com atuação brilhante da Clarice Niskier, é imperdível e já fui três vezes.
Um abraço a todos que com coragem seguem esses “longos caminhos curtos”!